Reunião de pauta e estudo de texto de Robert Mc Leish

22/04/2010
Na aula desta quinta-feira ocorreu a reunião de pauta para as matérias da segunda edição do Canal Universitário.
As duplas expuseram os temas a ser tratados nas matérias e a turma participou sugerindo algo a mais para a matéria.
As editorias escolhidas pelas duplas foram esporte, memória, cultura, agropecuária e comportamento.
--------------
23/04/2010
As duas aulas de sexta-feira foram dedicadas ao estudo de texto de Robert Mc Leish.
O texto discorre sobre entrevistas no rádio.
Nas aulas deste dia estudamos a parte do texto que trata do método básico, dos tipos de entrevistas (informativa, interpretativa e emocional), dos preparativos que antecedem a entrevista, da discussão antes da entrevista, do modo de fazer perguntas, da amplitude da pergunta. Vimos também sobre o "advogado do diabo", as múltiplas perguntas, as perguntas condutoras, as antiperguntas, a comunicação não-verbal, como agir durante a entrevista e a conclusão da entrevista.
Em resumo...
"O objetivo de uma entrevista é fornecer, nas próprias palavras do entrevistado, fatos, rezões ou opiniões sobre um determinado assunto".
Método básico:
  • As opniões do entrevistador não são pertinentes;
  • Somente o entrevistado deve aparecer, enquanto o entrevistador fica "ausente";
  • A função do entrevistador é fazer perguntas;
  • As perguntas não devem ser fornecidas antecipadamente;
  • O entrevistador age em nome do ouvinte, fazendo as perguntas que este gostaria de fazer.

Tipos de entrevistas:

  • Há três tipos de entrevistas: informativa, interpretativa e emocional;
  • O objetivo da entrevista informativa é transmitir informações ao ouvinte;
  • O objetivo da entrevista interpretativa é expor o raciocínio do entrevistado, permitindo ao ouvinte fazer um julgamento sobre o senso de valores ou as prioridades do entrevistado;
  • O objetivo da entrevista emocional é dar uma idéia do estado de espírito do entrevistado, de modo que o ouvinte possa entender melhor o que ocorre em termos humanos.

Preparativos que antecedem a entrevista:

  • É fundamental para o entrevistador saber qual o seu objetivo;
  • O entrevistador deve saber exatamente com quem está falando, o cargo exato do entrevistado;
  • O ponto de partida de um entrevistador será: obter informações suficientes sobre o tema e o entrevistado; ter um conhecimento detalhado do objetivo da entrevista; saber quais são as perguntas mais importantes; e ter um leque de perguntas suplementares, se necessário.

A discussão antes da entrevista:

  • O entrevistador indica os temas a serem abordados;
  • O entrevistador não deve adotar uma atitude hostil nem insinuar críticas;
  • A principal tarefa do entrevistador nessa etapa é esclarecer o significado da entrevista.

Como fazer perguntas:

  • A entrevista é um diálogo com um objetivo definido. Po um lado, o entrevistador sabe qual o objetivo e conhece alguma coisa do assunto. Por outro lado, ele se coloca no lugar do ouvinte, fazendo perguntas numa tentativa de descobrir mais coisas.
  • Segundo o autor, a melhor de todas as perguntas e a menos formulada é "por quê?". A pergunta "por quê?" é reveladora. Ela leva o entrevistado a dar uma explicação sobre atitudes, julgamentos, motivação e valores.

A "amplitude" da pergunta:

  • Cuidado com perguntas muito amplas, pois elas podem fazer o entrevistado ficar confuso.
  • Não faça perguntas com a utilização do "ou", pois a pergunta fica muito estreita dando apenas opções de respostas e muito provavelmente a resposta está fora delas.
  • Não cabe ao entrevistador sugerir respostas.

Advogado do diabo:

  • Neste caso, o papel do entrevistador é apresentar propostas que ele sabe que já foram expressas por alguém, ou dúvidas e argumentos que provavelmente estão na cabeça do ouvinte.
  • Adotando a abordagem do tipo "advogado do diabo", são comuns as seguintes perguntas: "Por outro lado, já foi dito que..."; "Algumas pessoas diriam que..."; "Como você reage às pessoas que afirma..."; ou ainda "O que você diria diante do argumento...".

Múltiplas perguntas:

  • O entrevistado que recebe duas perguntas poderá responder a primeira e depois esquecer a segunda ou talves exercite sua evidente opção em responder a que ele prefere.
  • As perguntas devem ser curtas e simples.

Perguntas condutoras:

  • Perguntas feitas sem o devido cuidado podem colocar o entrevistado numa determinada condição antes mesmo de ele começar a respondê-las.
  • Adjetivos que sugerem juízos de valor devem ser um sinal de alerta.

Antiperguntas:

  • A utilização de afirmações em vez de perguntas, por parte dos entrevistadores, tem como perigo a entrevista tornar uma discussão.
  • Há entrevistadores que perguntam se podem fazer perguntas. Isso é desnecessário, pois o fato do entrevistado aceitar a entrevista implica concordar em responder perguntas.

Comunicação não-verbal:

  • Durante a entrevista, a comunicação estabelecida anteriormente deve continuar. Isso ocorre em especial pelo contato visual e pela expressão facial.
  • O contato visual é o meio mais frequente de controlar o timing da entrevista.

Durante a entrevista:

  • O entrevistador deve controlar ativamente quatro funções distintas: a parte técnica, o direcionamento da entrevista, as perguntas suplementares e o timing.
  • É fundamental que o entrevistador não esteja tão preocupado com a próxima pergunta a ponto de deixar de ouvir o que o entrevistado está dizendo.

Conclusão:

  • A palavra "finalmente" só deve ser usada uma vez, precedendo a última pergunta como um sinal para o entrevistado de que o tempo está se esgotando.
  • Uma convenção evidente de finalização é agradecer ao entrevistado a presença dele.


0 comentários:

Postar um comentário